Entrevista Marta Lança
Sexta 2 de abril 2025
Trabalhadora independente em várias linguagens da área da cultura, como programação, jornalismo, investigação e cinema.
Curadora da exposição afrotopias que pode ser vista na ULB.

Cezar Schofield
Veterana pela independencia Guine Bissau e Cabo Verde
A Marta Lança formou-se em Línguas e Literaturas Modernas, variante Estudos Portugueses (2001), com pós-graduação em Literatura Comparada (2003) e Edição de Texto (2004), doutoranda em Estudos Artísticos, tudo pela FCSH-UNL. Os temas de pesquisa passam pelo debate pós-colonial, programação cultural, processos de memorialização, plataformas de discurso e estudos africanos.
Desde 2010, é editora do BUALA, portal dedicado ao pensamento e arte e acolher as diversas vozes que constroem o debate pós-colonial. Criou as publicações V-ludo (1999-2001), Dá Fala (2004-5), em Cabo Verde, e Jogos Sem Fronteiras (2008).
Publicou o livro infanto-juvenil « Infinitas-pessoas-mais-uma » (2018) e de crónicas « Essas pessoas da sala de jantar » (2025), Tigre de Papel. Foi assistente do filósofo Fernando Gil (2002-4).
Desde 2004 trabalha, por longas temporadas, em projetos culturais nos países africanos onde também se fala português. (Em Luanda lecionou na Universidade Agostinho Neto e colaborou com a I Trienal de Luanda, em Maputo trabalhou no festival de documentário Dockanema. Traduziu do francês A Crítica da Razão Negra (2014); Políticas de Inimizade (2016); Brutalismo (2021) de Achille Mbembe, e Afrotopia (2022), de Felwine Sarr; O Apicultor, de Maxence Fermine (Quetzal, 2004); A Amante de Brecht, de Jacques-Pierre Amettea (Quetzal 2004). Escreveu em várias publicações : Público, DNA, Electra, Le Monde diplomatique, Sinais de Cena, Luso-Brazilian Review, Austral, Rede Angola). Fez programação e edição de catálogo do Dockanema – Festival de Documentário (Maputo 2009). Em cinema, fez pesquisa e produção para o filme Sita- a vida e o tempo de Sita Valles (2022), de Margarida Cardoso, nas séries documentais Eu Sou África (RTP 2), Triângulo (coprodução Portugal, Brasil e Angola) e No Trilho dos Naturalistas (Terratreme 2012-16).
Escreveu argumentos para filmes, nomeadamente de Pedro Pinho e Leonor Noivo. Organizou em São Tomé e Príncipe várias edições do Roça Língua, residência de escrita e movimento. Organizou o ciclo Paisagens Efémeras dedicado à obra de Ruy Duarte de Carvalho, (Galeria Quadrum, Lisboa, 2015). Com Ritó Natálio, o programa Expats para o Fitei (Porto, 2015) e a 1ª edição de Terra Batida (rede entre arte e ecologia). com Raquel Lima, o ciclo Para nós, por nós: produção cultural africana e afrodiaspórica em debate (2018). No Maat, programou o ciclo Eu sou esparsa e a liquidez maciça (2010), e o clube de leitura Ernesto Neto (2004). Também trabalha em dramaturgia, tendo colaborado com o ator Victor Oliveira na peça Limbo (2021). Participou no grupo de consultores do Memorial às Pessoas Escravizadas (iniciativa da DJASS) e no grupo editorial do Glossário Afro-European Cartography of Culture, Language and Arts.
É autora de Infinitas-pessoas-mais-uma (Tigre de papel, 2019), e coautora de FUTUROS CRIATIVOS Economia e Criatividade em Angola, Moçambique e Timor-Leste (Acep, 2019), organizou os livros Roça Língua (2015), Diálogos com Ruy Duarte de Carvalho (2018) e Este corpo que me habita (2014).
1-Queria realçar alguma coisa da sua biografia?
Tem uma larga experiencia das artes africanas, donde veio o seu interesse par esta temática?
2-Como surgiu a ideia desta exposição? 25 de abril 2025, 50 anos da independência dos países lusófonos
3-Já teve a oportunidade de organizar outras exposições sobre artistas africanos?
4-Como escolheu os artistas expostos?
5-Tem alguma preferência para algumas obras?
6-Quais são os ensinamentos a tirar a partir das artes e da cultura do continente africano?
7-Quais são os seus projetos futuros?
8-Vai continuar a colaborar com o Centro de língua portuguesa da ULB e com o Instituto Camões?
Imagens tiradas do catalogo da exposiçao Afrotopias
Catalogue Afrotopias


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