16 Dias pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Raparigas

A Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PpDM) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) organizam hoje, dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Conferência de Encerramento dos 16 Dias pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Raparigas, na Sala do Arquivo, nos Paços do Concelho, entre as 15h e as 18h. Foi a primeira vez que se organizou, em Lisboa, e porventura no país, uma campanha com este âmbito e duração assente numa parceria entre a sociedade civil organizada (PpDM) e o poder político local (CML).



Foram realizados mais de 65 eventos – conferências, exposições, tertúlias, debates, teatro, cinema, campanhas online, marchas, ações em escolas – envolvendo mais de 45 entidades. A diversidade de iniciativas, de formas de organização, e de vozes participantes mostrou como todas as manifestações de violência contra as mulheres estão relacionadas, formando um contínuo que vai desde o «sexismo quotidiano» até às violações mais grosseiras da sua liberdade: assédio sexual, exploração sexual no sistema da prostituição, violência física, violência sexual e femicídio.



Nestes 16 Dias destacamos:



· A participação de mulheres sobreviventes de violência que juntam agora a sua voz à defesa dos direitos humanos de todas as mulheres e raparigas: Mia Döring, Cândida Alves, Julie Swede, Joana Dias, Khira, e Lida, Sudi e Yasaman, três mulheres iranianas que residem em Portugal. Centrámo-nos nas sobreviventes, amplificando as suas vozes e os seus apelos.



· O enfoque em múltiplas formas de violência contra as mulheres e raparigas, como a violência doméstica, violência sexual, violência económica, tráfico para exploração sexual, exploração no sistema de prostituição, pornografia, violência online, práticas tradicionais nefastas, violência institucional, violência obstétrica, violência contra crianças no contexto da violência doméstica, violência sexual com base na partilha não consentida de imagens, entre outras, evidenciando o contínuo da violência masculina que afeta desproporcionalmente as mulheres e as raparigas.



· A abordagem interseccional às diversas formas de violência com que se deparam grupos específicos de mulheres, como as jovens, ciganas, migrantes, mulheres em situação de sem abrigo, mulheres afetadas pelo VIH/SIDA, mulheres em situação de toxicodependência, mulheres com deficiência.



“A violência contra as mulheres e raparigas afeta toda a sociedade, em todo o mundo, em todo o lado e é uma questão política: quando um país não assume a sua responsabilidade de promover tudo o que está ao seu alcance para garantir a segurança e a integridade de todas as mulheres e raparigas, significa que ainda não tomou consciência de que está a construir uma sociedade marcada por violações grosseiras dos direitos fundamentais – o direito a ter uma vida livre de injúrias, agressões, e humilhações; o direito à integridade física e mental; o direito à vida e à liberdade.”


Ana Sofia Fernandes, Presidente da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres


Consulte o comunicado à imprensa em anexo.

Cordiais saudações feministas



Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres
Centro Maria Alzira Lemos | Casa das Associações
Parque Infantil do Alvito, Estrada do Alvito, Monsanto
1300-054 Lisboa, Portugal
www.plataformamulheres.org.pt
Tel.: +351 21 362 60 49
@PlatMulheres

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